3 de abril de 2011

Pilotando em Chernobyl

No último mês desastres nucleares têm sido manchete mundo afora. Após o terremoto e seu sinistro par tsunami terem devastado grandes áreas do Japão, a contaminação nuclear é a bola da vez, com a usina de Fukushima assombrando o planeta.
No momento, além da desinformação total - há indícios que o governo japonês e a Tepco, empresa que opera os reatores, estejam omitindo informações - o risco de vazamento nuclear e também de fusão do núcleo dos reatores paira sobre o Japão e sobre o resto do mundo.

Lembrei-me de um site que achei, em 2001, salvo engano. Achei-o interessantíssimo na época, mais ainda agora. Clique AQUI para ver o site dela.

Elena em sua Kawa (com suspensão Suzuki)

A moça que o escreve chama a si própria de Elena, mas, aparentemente, não é seu nome verdadeiro. Ela mora em Kiev, capital da Ucrânia, perto da usina de Chernobyl. Usa uma Kawa Ninja antiga (ou usava, à época que o site foi escrito), com quase 150 hp de potência. A moça é corajosa. Escolheu a região afetada pela catástrofe para seus rolês (tá cheio de coxa que nem na padaria vai, né?).

Elena observando ferro-velho tecnológico
O site está em inglês e, pra quem entende o idioma, é nítido o sotaque ucraniano dela (meu pai era ucraniano, não falava inglês, mas o sotaque ficou nos meus ouvidos até hoje, sei identificá-lo). À parte alguns erros de gramática/concordância (o idioma russo tem mais declinações que o Português, caso vocês não saibam), o texto é delicioso e vale a pena uma leitura mais aprofundada.

Ruínas a 50 km do reator
Eslavos são gente simples e direta. Elena não foge do paradigma. Escreveu o texto em algumas poucas páginas, isto há mais de 10 anos, num formato que hoje chamaríamos de "blog". Disse tudo o que queria dizer, suas impressões e suas emoções. Nunca mais editou uma linha sequer. Pra que, se já disse tudo?

O reator, após ser envolto em um sarcófago de concreto

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